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História

por adm publicado 08/08/2022 09h40, última modificação 08/08/2022 17h43

Como tudo começou

No ano de 1838, o migrante Antônio Medeiros e sua esposa Rosalina Alves Medeiros, vieram do alto sertão do Ceará, e se alojaram no Olho D água que recebeu o nome de Trapiá, por ter à beira do mesmo uma árvore com o nome trapiá. Plantou dois pés de cocos, que ainda existem no local.

Antônio Medeiros, por motivos de alagações mudou-se para cima da Baixa do Alfinete, cuja denominação foi dada por ele. As matas locais eram compostas da árvore conhecida por “caraúbas”, os vaqueiros que campeavam na região, mudaram o nome, de Antônio Medeiros, para Antônio Caraúbas assim ainda hoje toda descendência é Caraúbas.

Maria Agapita, casada com Raimundo Ferreira, não tiveram filhos, em 1888 compram a Fazenda “Buriti de Dentro” valor (1:000$000) um conto de réis. Trouxe de Ubatuba, a irmã Justina, que foi morar no Tamboril (localidade próxima à Caraúbas), onde hoje mora a Dona Maria do Carmo.
Maria Agapita viuvou, terminou vendendo a fazenda para Quincas Machado, valor 5:000$000 ( cinco contos de réis), Fez um Árvore “Caraúbas” tanque térreo para dar água ao gado, no fim da Baixa do Moleque, depois Baixa das Caraúbas, denominado pela grande quantidade dessa árvore existente, e depois conhecido Olho D água Velho.

A casa de Maria Agapita era localizada ao sul de onde hoje é a casa do senhor José Chagas. O senhor Luiz Jacob, foi segundo Chico Felinto, seu informante por muito tempo, conhecia a tudo e a todos morava em Buriti dos Lopes. Segundo Jacob, a Baixa do Moleque primeiro se chamou Baixa do Alfinete. Felinto, de Pitombeira fixou residência nas “Caraúbas”, tinha como vizinhos Antônio Caraúbas e Ludugero.

Com o falecimento de Maria Agapita, Felinto mudou – se para o local exato onde hoje se encontra a Igreja de Nossa Senhora das Graças, (que teve a construção iniciada 1954 e concluída em 1956 ). A Cacimba Velha é ignorada sua fundação, Caraúbas era muito pobre de água, não existia água nos meses de verão, o povo tinha que se deslocar até o rio Longá carregando o precioso líquido em cargas que eram trazidas pelos animais. Felinto em determinado momento comprou posses de terras de direito de Antônio Caraúbas, pelo valor de 60$000 (sessenta mil réis), vendeu vários animais para somar essa importância.

Em 1919, grande seca castigou a região, Felinto cavou um poço na Baixa das Caraúbas que por sinal deu bastante água, porém salobra servindo apenas para os animais. Felinto, homem digno, honesto, ordeiro, moralista, não bebia bebidas alcoólicas, não fumava, muito hospitaleiro, gostava de esportes; corridas de cavalos, jogar cartas etc.

Dentro desse contexto, não suportava desacato de ninguém, homem corajoso e defensor de seus direitos, que não ousava defender - se de quem desabonasse sua autoridade moral. Nasceu em 1861 e faleceu em 1947. Falecendo o “chefe” de Caraúbas, ficaram em seu lugar Inácio Portela (filho) e João Rita (genro), homens ordeiros, mas com poucas bases para atuar com a nova geração então surgindo. Coube ao neto Francisco Portela dos Santos (Chico Felinto, falecido em 09/07/2002). Assumir o ônus de continuar a moral do lugar, como fez até 1975 quando saiu para residir em Parnaíba Piauí.

A emancipação

A elevação à categoria de cidade ocorreu no ano de 1995, por meio da lei estadual nº 4.811/1995 de 27 de dezembro,  ocasião em que o município foi desmembrado de Buriti Lopes. Sendo que a primeira legislatura foi instalada em 1º de janeiro de 1997.

Fonte: Portal do Executivo / IBGE